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Uma das peças mais elogiadas de 2024 retorna para os palcos do Rio.
Do alto dos seus 91 anos (sendo 70 de carreira), um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira relembra fatos e histórias marcantes de uma trajetória absolutamente fascinante.

Com o bom-humor habitual, Othon passeia pela sua biografia em um espetáculo dividido em blocos temáticos: trabalho, amor, teatro, política e cinema – momento em que são relembradas as suas participações em títulos clássicos brasileiros, como “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha. Alternando histórias conhecidas com outras completamente inéditas, o ator dá uma aula sobre vida e resiliência, falando sobre os duros obstáculos que se apresentam em nossa existência - e como superá-los.
Com Othon Bastos

Academia Brasileira de Letras - Av. Presidente Wilson, 203 - Centro

A Mostra Anônimas reúne três solos autorais que exploram a trajetória de mulheres artistas ao longo da história, revelando silenciamentos, desafios e conquistas.

“Criatura, Uma Autópsia” – Bruna Longo: inspirado na vida e obra de Mary Shelley, o espetáculo dialoga com Frankenstein, refletindo sobre criação, identidade e a busca de reconhecimento em um mundo que desconsiderava a voz feminina. QUI/SEX, 20h - 70 minutos

“Inventário” – Erica Montanheiro: retrata a escultora Camille Claudel, que viveu à sombra de Rodin e foi internada em um asilo psiquiátrico, explorando apagamento histórico, resistência artística e reconstrução de memória. SAB/DOM, 19h - 60 minutos

“Aquele Trem” – Denise Dietrich: solo autobiográfico sobre a infância e a formação da atriz, sobrinha-neta de Marlene Dietrich, abordando traumas, abusos e como crescer numa cidade do interior de MG.
TER/QUA, 20h - 80 minutos

Juntas, as três obras formam um mosaico sobre o protagonismo feminino na arte, atravessando literatura, artes plásticas e teatro, e evidenciando como mulheres constroem identidade, voz e legado apesar das barreiras históricas.

Texto: Bruna Longo, Erica Montanheiro e Denise Dietrich
Com Bruna Longo, Erica Montanheiro, Denise Dietrich

Teatro Poeirinha - Rua São João Batista, 104 - Botafogo

Recorte de um episódio de O Idiota, de Dostoiévski, contado a partir do ponto de vista feminino. Humilhada e mantida como concubina desde a adolescência, Nastácia Filíppovna é submetida a um leilão no dia do seu aniversário, mas se rebela atirando o dinheiro na lareira. A peça trata do patriarcado, da dominação masculina e do empoderamento feminino, combinando teatro e instalação artística em um cenário de Ronaldo Fraga.
Prêmios Shell RJ de Melhor Direção, APTR de Melhor Direção e Melhor Cenário.

Dramaturgia de Pedro Brício

Com Flávia Pyramo, Marcio Nascimento, Paulo Giannini

Teatro Poeira - R. São João Batista, 104 - Botafogo

Idealizado por Sylvia Bandeira, Charles Aznavour – Um Romance Inventado é um musical romântico que celebra a obra do artista francês por meio de uma história de amores, juventude e saudade. Ao lado de Mauricio Baduh, Sylvia interpreta esse “romance inventado”, inspirado em encontros reais com Aznavour e embalado por suas canções mais marcantes.
Com Sylvia Bandeira e Mauricio Baduh

Teatro Vannucci - Rua Marquês de São Vicente, 52/3º - Shopping da Gávea

Em comemoração aos 50 anos de carreira, Luiz Fernando Guimarães retorna aos palcos com Curto Circuito, uma comédia que mistura humor ácido e situações absurdas do cotidiano. Ao lado da jovem Leticia Augustin, o ator dá vida a personagens que atravessam desde voos turbulentos até exames médicos e momentos surreais, revelando ansiedades e manias do mundo contemporâneo de forma leve e hilária.

Texto: Gustavo Pinheiro
Com Luiz Fernando Guimarães e Leticia Augustin

Copacabana Palace - Av. Nossa Sra. de Copacabana, 261 - Copacabana

O espetáculo acompanha um homem que transforma lembranças em presença: entre deslocamentos, silêncios e pequenos gestos, a cena embaralha o que é passado, presente e futuro. Em um espaço que é ao mesmo tempo íntimo e coletivo, vinte minutos ganham a espessura de encontros, perdas e recomeços, explorando como o corpo guarda afetos, pertencimento e memória em um mundo em constante movimento.
Texto: Giuliano Lafayette
Com Giuliano Lafayette

CCBB - Av. Primeiro de Março, 66

Felizarda é contratada por uma empresa misteriosa — sem saber para quê — e, nesse processo, vai lidando com as neuroses e angústias típicas de um mundo obcecado por produtividade.
Entre situações cotidianas e absurdas, a peça expõe de forma tragicômica como a vida e o trabalho se misturam, revelando o peso da alienação contemporânea.

Texto: Cecília Ripoll
Com Bella Camero, Louise D’Tuani, Sol Menezzes, Felipe Haiut

Teatro Glaucio Gill - Praça Cardeal Arcoverde, s/n - Copacabana

A comédia apresenta a história de uma família brasileira que vê o cotidiano sair do eixo após se deixar levar pela empolgação dos jogos de azar. Misturando humor e afeto, o espetáculo mergulha nas lembranças, superstições e esperanças que cercam o hábito do jogo — do bicho às bets — revelando como a busca pela sorte se entrelaça à cultura popular e ao famoso “jeitinho brasileiro”. Com um texto leve e cheio de referências nostálgicas dos anos 1990 e 2000, o monólogo provoca riso e reflexão sobre o quanto o jogo pode ser tanto fuga quanto sonho coletivo.

Texto: Alain Catein
Com Alain Catein

Espaço ABU - Av. Nossa Sra. de Copacabana, 249 - Copacabana